Barcos virão e novas trarão!

Barcos virão e novas trarão!

Em toda a costa circundante da ilha Terceira foram construídos fortes defensivos, os primeiros resultaram da necessidade de proteção das embarcações da Rota da Índia e muitos outros foram mandados construir para defender a ilha do invasor castelhano. Já nada resta de alguns, mas ainda é possível encontrar vestígios de mais de cerca de três dezenas.

Contexto histórico

No último quartel do século XVI, a cidade de Angra torna-
-se o mais importante porto de escala no Atlântico na torna viagem, e alvo da cobiça de piratas e corsários.

Além do crescente movimento de embarcações e mercadorias, a circulação de gentes e, particularmente, de mestres de vários ofícios, vai intensificar a atividade construtiva quer de estruturas fortificadas e defensivas, quer de intervenções de arranjo no interior de muitos templos.

Na cidade em crescimento encontrava-se o ouro da Mina,
a prata da América, as especiarias da Índia e as porcelanas da China, e a urbe foi-se construindo com ruas largas e regulares, primeira cidade com traçado renascentista no Atlântico.

Neste roteiro propomos-lhe que aprecie algumas marcas e vestígios que perduram e que denunciam a passagem pela ilha Terceira das especiarias e da prata

Castelo de São João Batista

Durante o domínio castelhano o inacessível istmo natural que é o Monte Brasil deu lugar à construção de uma grande cidadela para acolhimento de militares, armazenamento de víveres e munições (1591). A sua função era dupla: além de vigiar e dissuadir ataques do exterior, era também a de controlar e submeter a cidade que antes combatera o invasor castelhano. A Fortaleza de São Filipe, que depois da Restauração passou a designar-se de São João Batista, é uma fortificação de planta poligonal e muralhas rematadas por baluartes avançados, classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1943.

Visite também o Forte de São Sebastião, ou Castelinho

Muralha da Praia da Vitória

Toda a costa baixa de calhau rolado que se desenrola entre a Salga e a, então, vila da Praia, esteve pontuada por fortes e redutos defensivos de tal forma que o historiador Gaspar Frutuoso a descreve assim no século XVII: [está a vila] cercada de boa muralha, com os seus fortes e baluartes toda em redondo, povoada de nobres e antigos moradores, como uma das mais antigas povoações da ilha.
Um troço de muralha pode, ainda, ser apreciado na marginal embora a incerteza da sua datação não garanta que seja a contemporânea da descrição de Frutuoso.

Visite a Igreja Matriz da Praia da Vitória, observe os seus elementos referentes a vários períodos de construção

Forte Grande de São Mateus

O Forte Grande de São Mateus terá sido construído em 1567 e, como os outros fortes da costa a oeste de Angra, cruzava fogo com os demais e mantinha a vigilância daquele troço da costa. Mantendo-se em bom estado de conservação até ao século XX, voltou a ser militarmente guarnecido durante a IIª Guerra Mundial.

Nesta vila, encontra também o Forte do Negrito, mandado construir por Ciprião de Figueiredo em 1581

Baía das Mós

Na continuação da Salga, também na baía das Mós a real possibilidade de desembarque inimigo levou à construção, entre 1580-83 do forte da Greta e do forte de Santa Catarina das Mós unidos por uma muralha e, depois, reforçados com o forte do Bom Jesus, já em 1644. Todo o local evoca a Batalha das Mós ocorrida em 1583, quando, e por onde, Álvaro Bazán, marquês de Santa Cruz, invade a ilha pondo fim à resistência terceirense.

Visite também a Baía da Salga, que integra o complexo defensivo com vários fortes e redutos

Provedoria das Armadas, ou Solar dos Remédios

Em 1527 o fidalgo Pero Anes do Canto foi instituído Provedor das Armadas e Fortificações com a incumbência de esperar, nas imediações do Corvo, as naus que vinham da Índia, e acompanhá-las até ao porto de Angra onde eram reabastecidas de víveres e água, e reparadas. Devia também patrulhar as imediações das ilhas, sempre infestadas de corsários prontos a atacar e pilhar naus indefesas e povoações costeiras.

Faça download da brochura para mais informações
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Filipe Rocha

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Sob o Signo do Divino Espírito Santo

Sob o Signo do Divino Espírito Santo

Paráclito deriva do grego parákletos, que quer dizer aquele que ajuda, conforta, anima, protege, intercede. É o título dado, habitualmente, à Terceira Pessoa da Santíssima Trindade Cristã: o Senhor Espírito Santo, como lhe costumamos chamar, nos Açores e é assim que Ele é visto, nestas ilhas.

Irmandade do Espírito Santo

Influenciada pelas tradições espanholas em honra do Divino Espírito Santo, a Rainha Santa Isabel, de Aragão, ao vir para Portugal para casar com o Rei D. Dinis, instaurou, em 1296 no concelho de Alenquer, a Irmandade do Espírito Santo. Naquela época, a celebração era feita na capela real, à qual todos os pobres eram convidados a assistir. O bispo colocava a coroa real nas cabeças dessas pessoas, procedendo, assim, à coroação em louvor do Espírito Santo.

De seguida, era realizado um banquete real, vontade do rei e da rainha em servir os mais desfavorecidos, o chamado “bodo dos pobres”. Mais tarde, em 1432, iniciou-se o povoamento dos Açores. Por ação dos frades franciscanos que vinham com a responsabilidade de estabelecer a religião católica na região e que trouxeram consigo os ideais de Fiore, a tradição de culto ao Espírito Santo expandiu-se e, ainda hoje, se mantém bem viva, até nas comunidades de emigrantes açorianos.

As tradições de culto ao Espírito Santo acontecem nos meses de Maio e Junho, quando acontecem os dois Domingos do Bodo, precisamente o de Pentecostes e o da Trindade

"Bezerro" e Coroação

O culto ao Divino Espírito Santo, apresenta uma influência pagã vincada, pelo simbolismo da figura do touro/vaca, e a sua ligação ao festejo da abundância associada ao período das colheitas. Assim, o simbolismo da decoração com flores e uma coroa de papel nos animais e a bênção com o cetro da coroa (o “bezerro enfeitado”), marca a festividade do Divino Espírito Santo. Na sexta-feira, os bezerros são enfeitados e mais tarde sacrificados, uma vez que, no sábado, serão entregues esmolas de carne, e, no domingo, o Imperador vai oferecer o almoço aos seus convidados. No domingo, de manhã, realiza-se a procissão, que sai da casa do Imperador com todas as insígnias do culto (a coroa, o cetro, a salva, varas e bandeiras), até à Igreja, onde se realiza a cerimónia da Coroação. Quando termina a celebração, inicia-se uma nova procissão até ao local onde se realiza o almoço, ou até à casa do Imperador.

Pão, carne e vinho, cada um recebe a sua porção, igual a todos os outros e sob a designação de esmola

Impérios

Os Impérios, ou, anteriormente, denominados “Treatos”, são o símbolo das festas do Espírito Santo na ilha Terceira. Inicialmente, estes locais de culto eram de madeira, decorados com faias e panos e desmontados após a festividade. Na segunda metade do século XIX, foram construídos os primeiros Impérios em pedra, fruto da generosidade de emigrantes terceirenses, pagando as suas promessas ao Divino. Atualmente, contam com um ou dois anexos, aos quais se dá o nome de despensa, onde se costumam guardar os utensílios da festa, ou onde se prepara e distribui o bodo. Estes têm uma fachada principal, que pode conter vários símbolos ligados ao culto, como por exemplo, a coroa ou a pomba, como também a data da sua construção. Essa fachada é, sempre, composta por três vãos, um para a porta e dois para as janelas, fazendo alusão às três pessoas da Santíssima Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. No seu interior, está o altar, onde se encontra a coroa.

Existem 47 impérios no concelho de Angra do Heroísmo e 23 no concelho da Praia da Vitória

Alcatra

Comemorar o Espírito Santo, na ilha Terceira, é falar de uma refeição especial e de um prato em particular: a Alcatra. De sabor medieval, é carne cozinhada lentamente dentro de uma vasilha típica, o alguidar de barro cozido, em forno de lenha de preferência, e com o auxílio de alguns condimentos provenientes de ambos os lados do Atlântico como pimenta preta, pimenta branca, pimenta da Jamaica e cravinho, todos inteiros. Deve ser acompanhada exclusivamente por Pão de Leite.

Neste momento o mestre Simas é o único fabricante de alguidares na ilha Terceira, visite a Olaria Simas, em São Bento

Igreja Paroquial da Vila Nova

O magnífico conjunto de coroa, ceptro e salva de pé, de prata, imagem habitual, nos Açores, do Divino Espírito Santo, assinala uma das poucas paróquias, destas ilhas, em que o Padroeiro é a própria Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. O povoado começou em baixo, junto do terreiro, do Império e de uma capela erigida por Pêro Eanes do Canto, provedor das Armada de el-rei. Embora a igreja da freguesia esteja agora no alto, é em baixo, junto ao Império que a festa se desenrola, nos Domingos de Bodo, e o terreiro, em frente, se enche de carros de bois, decorados e enfeitados com coberturas em abobada de tecido. Os carros de toldo.

Visite também a Igreja de Santo Cristo na Praia da Vitória

Altar do Espírito Santo na Igreja da Misericórdia

A tela da Descida do Espírito Santo, no altar da esquerda e fronteiro ao altar do Senhor Santo Cristo das Misericórdias, assinala, nesta igreja do século XVIII, o modo como as duas irmandades, a do Santo Espírito e a da Misericórdia, ficaram reunidas, desde 1498. Foi nesse ano que as novas irmandades da Misericórdia, com apoio real, começaram a existir e a assumir o protagonismo, recebendo ou retirando às do Santo Espírito ou Espírito Santo os hospitais. Ao ser edificado pela Misericórdia de Angra este novo templo, as duas irmandades cujas identidades ainda eram bem vivas, encontraram esta forma de se organizar. 

Visite o Museu de Angra do Heroísmo e a sua exposição sobre o Culto do Espírito Santo
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Filipe Rocha

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Commercia

Commercia

Desde o século XVI que a Terceira se constituiu como um centro atlântico de confluência de rotas comerciais de modo que ao porto de Angra chegavam mercadorias não só de paragens distantes como, também, das ilhas próximas.

Animada por muitas oficinas de ferreiros, serralheiros, carpinteiro, sapateiros e pedreiros, Gaspar Frutuoso enalteceu a cidade dessa época porque nela “todas as coisas necessárias há em muita abundância e se vendem pelas portas, e andam vendendo por toda a cidade, ao costume de Lisboa, excepto vinho e azeite, que somente se vende nas tavernas, e a carne nos açougues, com que fica parecendo, e é, uma Lisboa pequena”.

Venda ambulante, oficinas/lojas de diferentes artífices e grandes armazéns de sobrado dos mercadores ligados à importação e exportação concentravam-se nas ruas centrais da cidade e mais perto do cais garantindo o abastecimento urbano, mas também as necessidades das zonas rurais da ilha e o escoamento das suas produções 

Descarregue o folheto e parta à descoberta

A ocupação comercial da baixa da cidade manteve-se até ao século XIX, quando o fim da guerra civil, o regresso de emigrantes brasileiros enriquecidos e o próprio desenvolvimento comercial e urbano, dão lugar à abertura de novos espaços comerciais com tipologias mais especializadas e que se espalharam por uma mancha mais alargada da cidade: os botequins, cafés e pastelarias a caminho do Páteo da Alfândega, enquanto os restaurantes, tascas e casas de pasto preferiam as proximidades do porto e as ruas de Sº Espírito ou dos Canos Verdes; correeiros nas ruas da Palha e da Rosa; galocheiros, oleiros e salsicharias nas ruas da Guarita e do Galo, lojas de ferragens e de fazendas onde houvesse marçanos com vontade de se tornarem patrões.

 

 

Os grandes armazéns lisboetas, como os Armazéns do Chiado, tiveram sucursais em Angra, mas os comerciantes locais apostavam, sobretudo, em serem representantes de fabricantes e produtores nacionais e estrangeiros cujos produtos divulgavam na publicidade que faziam das respetivas lojas, e que também faziam chegar aos comerciantes da Praia da Vitória, semanalmente abastecidos por um carroção que fazia o trajeto. Na Praia da Vitória a rua onde se concentra, ainda hoje, o comércio, é a Rua de Jesus, rua que ladeava o convento do mesmo nome e que se rasgou desde a praça até ao largo que marcava o fim da vila e onde ficava, também, um dos seus portões. Aqui, o desenvolvimento comercial foi-se alterando muito mais lentamente, e o marco decisivo foi a instalação da Base Aérea, em 1941.

De qualquer forma, a atividade comercial, quer dos centros urbanos, quer das freguesias rurais desempenhou papel fundamental na transformação da ilha, não só garantindo a sustentabilidade e o abastecimento das populações, mas pela vertente de promoção do lazer e da sociabilidade que desempenhou, pela revitalização e dinamização de áreas que, por diversos motivos, foram sendo abandonadas e que, por essa via, acabaram por ser re-qualificadas, seguras e atrativas para novos moradores.

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A ilha pelas palavras de Nemésio

A ilha pelas palavras de Nemésio

Se o que se pretende é conhecer um pouco mais desta ilha, entender melhor o que é isso de ser açoriano, admirar, sabendo o que se está ver, as paisagens e lugares da Terceira, ninguém melhor do que Vitorino Nemésio, escritor português, nascido aqui mesmo, em 1901, e que viveu até 1978.

Ao logo de uma vida de mais de 70 anos, atravessando todos os momentos mais relevantes da vida portuguesa e açoriana e começando a escrever cedo, Vitorino Nemésio foi autor de alguns dos livros mais marcantes da literatura portuguesa do século XX.

Não é, porém, por ser um escritor relevante e personalidade de prestígio que visitar a ilha tendo-o por companhia é uma excelente opção. É porque, desde o “Mau tempo no canal” à “Festa Redonda”, ao “Corsário das Ilhas”, ao “Paço do Milhafre”, à “Sapateia Açoriana”, passando por muitos outros, de poesia, prosa, ensaio ou colaboração jornalística, Nemésio raramente deixou de se inspirar nas ilhas dos Açores e nesta sua ilha Terceira universalizando o seu sentir, mas não recusando as raízes, de um modo soberbo.

Solar dos Remédios [Casa do Provedor das Armadas da Índia]

“Hospedam-me familiarmente junto às casas que foram dos provedores das armadas da Índia a refresco nas ilhas atlânticas, num alto quase estratégico, que tanto domina o interior da cidade e o seu sainte para os montes como a pequena e profunda baía à sombra do Monte Brasil esteiado pelo castelo filipino. Assim, sem sair do quintal me debruço sobre o casario todo, e recolho, à esquerda, a silhueta das muralhas e da igreja que lembra a restauração do domínio português na fortaleza: à direita, o perfil da serra do Morião, atalaia do mundo dos algares escondidos e do gado bravo e leiteiro”.

Vitorino Nemésio, "Corsário das Ilhas"

Igreja da Misericórdia

“E os meus passos já quase estranhos, com o íngreme da ruela, vão ter a Santo Espírito como a água que é dócil à levada. Santo Espírito é a primitiva invocação das Misericórdias das ilhas. A de Angra tem aqui, mesmo em face do porto, a sua igreja imponente, flanqueada de um granel, com duas torres maciças de um austero barroco arcaizado, em que se sente talvez a inspiração seiscentista dos arquitectos da Restauração”.

Vitorino Nemésio, "Corsário das Ilhas"

Pátio da Alfândega

“A ribeira de Angra, que nasce à raiz de Canta- Galo, junto a um castelo do nome de S. Sebastião, quase que morre no seu Pátio da Alfândega flanqueado pela Misericórdia, cujos alicerces profundos o encaixe da Ribeira dos Moinhos vem lamber”.

Vitorino Nemésio, "Corsário das Ilhas"

Tanque do Preto

“Vamos lá ver o preto. O preto é de pedra e vomita água por um canudo: foi a primeira escultura profana que em minha vida vi! Subo mais, e oiço a velha levada dos moinhos: oiço cantar a água pura, valente, que desce as entranhas da ilha”.

Vitorino Nemésio, "Corsário das Ilhas"

Casa das Tias

“Também fui senhorito na casa apalaçada das tias dominando as casinhas dos pescadores da rua de Baixo, da Praia, na Ilha”.

Rua da Misericórdia

Igreja Matriz

“Muito importante, a par da escola, o ambiente da sacristia da Matriz, entre meninos de coro, padres, zeladoras e sacristãos. Mas a torre dos sinos metia-me medo…”.

Guarda memória das sucessivas destruições e reconstruções da Vila da Praia

Império da Caridade

“…e no bodo da Caridade, às Figueiras do Paim ou Portão do Barreto, domínio dos lavradores e carreiros do sainte da sede do concelho”.

Figueira do Paim
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Angra: Hoje e Outrora

Angra: Hoje e Outrora

Uma viagem ao longo de cinco séculos de história, a oportunidade para conhecer o património edificado que marca as diferentes épocas e estilos e que é o testemunho das vivências de uma cidade portuária e cosmopolita que deu novos mundos ao mundo. A sua posição geo-estratégica reflete-se no seu traçado retilíneo e moderno das ruas: aberta ao mar, Angra funcionou como ponto de escala obrigatória na época  dos descobrimentos, um oásis no meio do oceano atlântico para os navegadores, um abrigo contra os piratas e corsários que cobiçaram a sua riqueza e diversidade.

Angra do Heroísmo "Muito nobre, leal e sempre constante"

A sua centralidade, a riqueza do solo, a segurança da baía, e a sua monumentalidade fizeram de Angra do Heroísmo uma cidade com reconhecimento histórico mundial. Ligada à expansão marítima, esta cidade portuária foi escala obrigatória das frotas da América do Sul, de África e das Índias. Em Angra negociavam-se as especiarias, os metais preciosos das Américas, os tecidos nobres, as madeiras e os marfins, as têmperas e a imaginária religiosa. Nela, Filipe II construiu a sua maior fortaleza, depois da crise de sucessão 1580-1583 em que, heroicamente, Portugal foi apenas a ilha Terceira. Em 1828 é nomeada para capital de Portugal. Angra torna-se centro do Liberalismo. Dela partem os homens que viriam a redigir a primeira Carta Constitucional. A sua Câmara Municipal viria a ser condecorada, em 1837, pela Rainha D. Maria II com a mais alta insígnia do Estado Português: a Grã Cruz de Torre e Espada da Ordem Militar  Valor, Lealdade e Mérito, e acrescentando aos títulos de “Muito Nobre e Leal”, o “Sempre Constante” e “do Heroísmo” pelos serviços prestados durante a guerra civil.

Faça download do roteiro.

Sismo de 1 de Janeiro de 1980

Arrasada pelo terramoto de 1 de Janeiro de 1980, Angra soube reerguer-se estoicamente sem apagar o rosto característico das suas ruas, dos seus monumentos e das suas casas.

Calcorrear as ruas à procura dos marcos históricos e arquitectónicos que deram a esta cidade  o estatuto Património Mundial da Humanidade, em 1983, é uma daquelas coisas que não se pode deixar de fazer.

A cidade é encantadora não só pela componente histórica e cultural como também por toda a envolvente arquitectónica, natural e humana. Pelas ruelas de calçada portuguesa, é impossível resistir às pastelarias que acenam com a doçaria tradicional e mercearias que  fazem recuar no tempo ou apenas vaguear ao longo da sua baía e mergulhar nas águas límpidas do Atlântico aproveitando a pequena praia de areia.

Monte Brasil

O Monte Brasil, um antigo vulcão com origem no mar – o maior e mais bem preservado dos Açores, situado no extremo Sul da cidade circundado pela fortaleza, é um local místico. Existe um trilho pedestre sinalizado por entre uma flora exuberante. Ao longo do passeio vamos parando pelos miradouros até chegarmos ao destino, o Pico das Cruzinhas, de onde se tem uma visão sublime de 180º sobre Angra do Heroísmo, desde a Ribeirinha até S. Mateus.

O roteiro pode ser realizado a pé, de carro ou até mesmo de bicicleta e cada pessoa pode gerir o seu tempo da forma que lhe for mais conveniente.
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Terceira Liberal

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Imagine que, um dia, aquilo que era verdade deixa de o ser, que a vida – toda – muda de rumo, completamente.

Foi isso que se passou em Angra – chamava-se assim, apenas –, durante a guerra civil que atravessou Portugal entre 1828 e 1834, pondo o país a ferro e fogo e transformando esta pequena e orgulhosa cidade do Atlântico, quase da noite para o dia, em capital do Reino de Portugal, partidária da causa Constitucional e de uma jovem rainha, D Maria II e numa base militar.

Por detrás de tudo isso estavam dois príncipes irmãos, Pedro e Miguel, semelhantes, em muito, nos modos de ser, mas diferentes na estrutura de pensamento e ideais.

Pedro conseguira a independência do Brasil, que transformara em Império e a quem outorgara uma Constituição. Agora tinha sido chamado a defender os mesmos princípios constitucionais e liberais, no velho reino de Portugal, onde fervilhavam as consequências das invasões francesas e da presença, abusiva, das tropas inglesas.

Miguel era, por sua vez, fervoroso defensor de um governo mais tradicional, na linha dos partidários do antigo regime, regressados em força após a queda de Napoleão. Em Portugal o povo, sobretudo rural, mas onde se incluíam muitos intelectuais de pensamento monárquico absolutista, estava completamente do seu lado.

Miguel toma o poder em Lisboa, em Junho de 1828 e, de súbito, muitos defensores das ideias liberais e constitucionais começam a arribar à Terceira, apoiados localmente por um núcleo liberal decidido e mesmo sabendo que a generalidade da população era “miguelista”.

Inicie o roteiro na Fortaleza São João Baptista, loca onde rebentou o primeiro movimento revolucionário liberal.

Serão cinco anos de  batalhas e escaramuças, alterações legislativas profundas, moedas feitas de sinos, conventos extintos, militares aboletados, quartéis por todo o lado, guerrilhas aventurosas, um cerco inglês sem fácil explicação, casas queimadas para servir de exemplo a quem se opunha, saraus literários.

Angra e a ilha Terceira foram, assim, arrastadas para o centro de uma luta que envolveu Portugal, Brasil, e os interesses de potências estrangeiras como a França e a Inglaterra. Ao final acabaria por mudar de nome, passando a ser Angra do Heroísmo e a Praia passaria a ser Praia da Vitória.

A “ratoeira”, como lhe chamavam os miguelistas e descrentes, transformara-se no “rochedo da liberdade”. A pirâmide amarela, ao cimo do outeiro, é “Memória” do que foram esses anos verdadeiramente loucos e de como a liberdade Constitucional foi alcançada, em Portugal.

Não deixe de visitar a Memória, monumento erigido à memória de D. Pedro, primeiro imperador do Brasil, quarto rei de Portugal e Duque de Bragança
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Vinho, Uvas e Paisagem

Vinho, Uvas e Paisagem

Os Açores eram espaços virgens e a organização do povoamento, a partir do século XV, implicou a criação de espaços de cultivos da vinha, ultrapassando as dificuldades do clima e do território, ao mesmo tempo que povoou o território de elementos artísticos.

Propomos-lhe, por isso, percorrer a ilha Terceira com este tema em pano de fundo, visitando locais, observando elementos artísticos, percebendo manchas de paisagem, experimentando sabores.

Paisagem Protegida dos Biscoitos

A freguesia dos Biscoitos, ao norte da ilha, retira o nome de um certo tipo de solo, negro e facilmente quebrável em pedaços, resultante de lava e escórias vulcânicas.

Após o povoamento das ilhas dos Açores, pelos portugueses, no século XV, estas zonas, de difícil uso para outras finalidades, começaram a ser reconfiguradas, lentamente, para permitirem o cultivo da vinha, deixando de ser terreno perdido e sem préstimo.

As curraletas, laboriosamente executadas com recurso a paredes finas e com percursos desenhados e localizados de modo a não prejudicar o cultivo, mas garantir a passagem, criaram uma extensão de cerca de 165 hectares, hoje integrada nas áreas à responsabilidade do Parque Natural da Ilha Terceira, onde coexistem com ecossistemas e habitats naturais.

Existe um trilho pedonal, que permite percorrer a Paisagem Protegida da Vinha dos Biscoitos. Faça o download disponível.

A Casta Verdelho e outras

A casta verdelho é uma Vitis vinífera branca, de vigor moderado, sensível ao míldio e ao oídio, que foi quase banida por completo do restante território europeu, por ocasião a chegada da Filoxera, em meados do século XIX. Nos Açores, manteve-se em algumas ilhas, como a Terceira, Graciosa e Pico. As suas uvas, translúcidas, levemente oblongas e em cachos pequenos, dão um vinho com acidez e alguma salinidade, marcantes deste “terroir”, muito próximo do mar. 

Permite vinhos generosos muito bons e acompanha, sobretudo, pratos com sabores vigorosos como a sempre referenciada alcatra terceirense, onde faz ressaltar, com a sua frescura, os temperos de pimenta, cravinho e louro.

Uma visita ao Museu do Vinho é obrigatória e aqui poderá provar os vinhos desta Casa Agrícola que são elaborados com base na casta Verdelho.

Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos

A Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, a mais antiga confraria dos Açores, é uma associação báquica, fundada, na ilha Terceira, a 10 de Março de 1993. 

Tem sede na Freguesia dos Biscoitos e os confrades trajam uma capa de côr azul (côr da bandeira da Região), debruada a ouro (côr de verdelho). Para o emblema a Confraria escolheu as armas da Região Autónoma dos Açores, com a variante de os animais serem de cor castanho, inspirada nos bois do Ramo Grande. A tamboladeira baseia-se na “Taladeira” de barro, típica da Ilha Terceira, usada na prova de vinho novo.

Constando dos seus princípios e estatutos a intenção de defender, prestigiar, valorizar, promover e divulgar o Vinho Verdelho dos Biscoitos, bem como todo o vinho de qualidade da Região Autónoma dos Açores, a pressão dos seus membros contribuiu, para que, actualmente, a mancha de território óptimo, para produção do verdelho, seja uma paisagem protegida legalmente, integrada no Parque Natural da Ilha Terceira.

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O Monte Brasil e as Três Fortificações de Angra

O Monte Brasil e as Três Fortificações de Angra

Olhar a cidade de Angra, do outeiro da Memória, das muralhas do forte de São Sebastião, a nascente da baía, ou do Pico das Cruzinhas, em pleno coração do Monte Brasil e da fortaleza de São João Baptista, a oeste, é revisitar mais do que três locais fortificados.

Visitar Angra, com o olhar que lhe propomos em título, é percorrer cinco séculos de visões do mundo, na diversidade da arquitetura militar, dos conceitos de defesa e ataque, nas evoluções da artilharia e das armas de fogo até ao aparecimento da aviação, e compreender, talvez um pouco melhor, o mundo em que vivemos.

Monte Brasil

Há pouco mais de 20 000 anos um pequeno vulcão surgiu junto à costa sul da ilha Terceira, até então francamente arredondada, criando o mais imponente edifício vulcânico do litoral açoriano.

Do ponto de vista tectónico o Monte Brasil deve-se a um sistema de falhas paralelas ao rift da Terceira, um centro de expansão da crusta terrestre que atravessa o arquipélago dos Açores e a parte oriental da ilha Terceira, englobando os vulcões dos Cinco Picos e de Guilherme Moniz-Pico Alto.

O que vemos hoje resulta de duas fases eruptivas distintas, separadas entre si por um período de acalmia.

O acesso está sujeito a horário de segunda a domingo entre as 08h e as 21h.

Fortaleza de São João Batista

O enorme espaço fortificado (3 km2 de área e 5km2 de perímetro), resulta da conquista da ilha Terceira, em 1583, por D Álvaro de Bazán, Marquês de Santa Cruz, tornado Grande de Espanha precisamente por haver conseguido tomar os Açores, depois de uma campanha de três anos.

Sofreu várias modificações e construções ao longo dos anos, sendo, de facto, 500 anos de edificação de estruturas com caráter militar.

Contatos para informações e reserva de visitas guiadas à fortaleza: (+351) 295 218 383 ou museu.angra.agenda@azores.gov.pt

Castelo dos Moinhos

A primeira construção defensiva a ser iniciada nos Açores foi edificada neste outeiro, hoje conhecido como “da Memória”.

Embora já desaparecido trata-se, verdadeiramente, do único castelo dos Açores, seja pela posição sobranceira seja pelo formato, que se pode conjecturar, com grande certeza, como sendo de expressão quase quadrangular com bastiões semicirculares, a meio de cada pano de muralha. 

É admissível que parte da plataforma elevada, onde está a pirâmide evocativa de D. Pedro, ainda contenha porções dessa primitiva obra de fortificação e observando o local, da zona baixa da cidade, é fácil imaginá-lo, ainda hoje

Pode visitar este local a partir do Jardim Duque da Terceira.

Forte de São Sebastião

Fortaleza de desenho italiano, tipicamente renascentista, orgânica e já com um sistema abaluartado perfeitamente desenvolvido, em boa verdade trata-se de uma plataforma, de expressão triangular, edificada para permitir que a artilharia possa impedir qualquer tentativa de entrar na baía. Cruzava fogo com o forte de São Benedito, na costa do Monte Brasil e em posição fronteira.

Durante a revolta de 1641/42 foi fulcral para impedir qualquer apoio espanhol ao Monte Brasil; para garantir a defesa do porto recebe obras, na bateria baixa, em 1830, no contexto da guerra civil; albergará, em 1943, o primeiro quartel general das forças britânicas, desembarcadas em Angra a 8 de outubro daquele ano.

Hoje integrado na Rede de Pousadas de Portugal.
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A América começou aqui!

A América começou aqui!

Há milhões de anos o oceano Atlântico começou a surgir, no processo de separação dos continentes, abrindo-se de Sul para Norte e deixando surgir a famosa crista dorsal atlântica. Os Açores nasceram das erupções vulcânicas, ligadas a essa evolução, que continua hoje em dia.

Em meados do século XV, antes da chegada de Colombo à América, a partir dos Açores, Corte-Real, João Fernandes, o lavrador, Pedro de Barcelos e outros, andaram por lá. Na ilha Terceira nasceu Simão Fernandes, que, ao serviço de Sir Walter Raleigh, participou, em 1587, na tentativa de instalação daquela que ficou conhecida por Colónia Perdida de Roanoke. Peter Francisco, herói dos exércitos de George Washington, nas guerras da independência, nasceu na ilha Terceira. Igualmente episódios da guerra civil Americana e do armamento dos “blockade runners” confederados aconteceram por aqui, na Praia da Vitória e em Angra. Desde essas aventuras até hoje, podemos ainda acrescentar a presença americana na Base Aérea das Lajes e as cimeiras de 1971 e 2003.

João Vaz Corte Real

Em finais do século XV, os portugueses Pêro de Barcelos e João Fernandes Lavrador, bem como os irmãos Gaspar Corte Real e Miguel Corte Real partiram da Ilha Terceira, numa viagem de exploração no Atlântico, chegando à Gronelândia e outros locais, que se acredita terem sido visitados anteriormente pelo pai, João Vaz Corte Real, e por outro navegador, Álvaro Martins Homem, 19 anos antes da chegada de Colombo à América.

Inicie o percurso no Miradouro do Cantagalo onde se refere toda a aventura dos primeiros descobrimentos.

Simão Fernandes

Simon Fernandes (Ilha Terceira, c. 1538 – c. 1590)

Navegador português do século XVI e pirata que pilotou as expedições inglesas de 1585 e 1587 para fundar colônias na ilha de Roanoke, parte da moderna Carolina do Norte mas então conhecido como Virgínia. Fernandes treinou como navegador na famosa Casa de Contratación em Sevilha, mas depois pegou em armas contra o império espanhol. Acusado de pirataria em 1577, foi salvo da forca por Sir Francis Walsingham, tornando-se protestante e súdito da rainha da Inglaterra. Em 1578 entrou ao serviço de Sir Humphrey Gilbert e mais tarde Sir Walter Raleigh, pilotando a fracassada expedição de 1587 a Roanoke, conhecida na história como a “Colônia Perdida”. Fernandes desaparece dos registos depois de 1590, quando partiu com uma frota inglesa para os Açores. Uma cópia de um de seus mapas da costa leste da América do Norte ainda sobrevive na Cotton Collection, e foi uma das principais fontes usadas por John Dee para seu mapa de 1580 justificando as reivindicações inglesas à América do Norte.

Peter Francisco

O Incrível Hulk da Revolução Americana

Nascido numa família rica no Porto Judeu na Ilha Terceira, Peter Francisco era conhecido como “O Gigante da Virgínia”, o “Gigante da Revolução” e o “Hércules da Virgínia”, e foi homenageado pela comunidade portuguesa em New Bedford (Massachusetts). Ele lutou ao lado de George Washington e do Marquês de Lafayette em defesa da independência de sua pátria adotiva.

“Caro Sr. Peter Francisco, meirinho da Câmara dos Representantes e soldado da Guerra da Revolução Americana, elogiado por sua coragem intrépida e por suas brilhantes realizações.” in obituário de Richmond Enquirer

Visite onde nasceu e onde foi raptado Peter Francisco.

CSS Run'her

O Run’her foi um barco a vapor construído na Inglaterra em 1863, nos estaleiros John & William Dugeon, para os Estados Confederados da América, que naufragou na baía de Angra do Heroísmo em 1864.

No contexto da Guerra Civil dos Estados Unidos da América (1861-1865), este navio a vapor fazia parte de uma frota de quatro brocas de bloqueio, que transportavam equipamentos para montagem e colocação de minas navais.

Durante a viagem à Confederação, fez escala em Angra do Heroísmo, onde naufragou, a 5 de Novembro de 1864, devido a um erro de manobra atribuído ao seu capitão, Edwin Courtenay.

Pontos de interesse: Baía de Angra do Heroísmo e Praia grande da Praia da Vitória

Operação Alacrity

Operação Alacrity era o codinome de uma operação militar planeada pelo Alto Comando dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, cujo principal objectivo era a ocupação dos Açores por motivos estratégicos.

A operação não se concretiza porque o embaixador britânico em Lisboa, Ronald Campbell, juntamente com Anthony Eden, convence Churchill e Roosevelt a optar pela via diplomática. A opção defendida por Ronald Campbell acaba triunfando. Inglaterra invoca a Aliança Luso-Britânica e Salazar concede o estabelecimento de bases militares nos Açores

Ponto de interesse: Base Aérea nº4

Cimeira das Lajes (1971)

A Terceira no centro do mundo!

A Cimeira das Lajes, em Dezembro de 1971, na Ilha Terceira, era o centro do mundo. Foi na pousada Serreta, hoje abandonada, que Marcelo Caetano recebeu os presidentes americano e francês, Nixon e Pompidou, em uma cúpula para enfrentar a crise econômica da época.

“Foi aqui formulado o histórico Acordo dos Açores, no qual pela primeira vez em 37 anos. O dólar foi desvalorizado em termos de ouro. Também foi feita a nova relação de igualdade econômica virtual dos EUA, Europa Ocidental e Japão. O acordo foi concluído após uma série de reuniões, que totalizaram 12 horas, apenas entre as duas lideranças, o que foi inusitado. Pode ser um dos tremendos acordos internacionais da era pós-guerra. “
por The New Yorker

Visita a Estalagem da Serreta e Museu da Base Aérea nº4

Cimeira das Lajes (2003)

O início da guerra no Iraque foi ditado no meio do Atlântico.

George W. Bush (EUA), Tony Blair (Reino Unido) e José Maria Aznar (Espanha), recebidos pelo Primeiro-Ministro português Durão Barroso, reuniram-se, na tarde de 16 de março de 2003, para uma cimeira que culminou a quatro dias depois, na madrugada do dia 20 do mesmo mês, com o início da intervenção militar no Iraque.

Visita ao Núcleo Expositivo da FAP da Base Aérea nº4 todas as sextas-feiras (reserva 24h antecedência). + info através email turismo@cmpv.pt I Tel. (+351) 295 540 106

Americanos na Ilha

São 60 anos com a permanência de famílias americanas na ilha, com base na presença de 5.000 pessoas, mudando a cada dois anos. Por aqui já passaram várias celebridades, tais como Frank Sinatra…

Descubra os lugares e atividades favoritos dos americanos durante a sua estadia na ilha! Inspire-se lendo o livro "Uma história de Amor" de Joel Neto, para um retrato dos portugueses da Base das Lajes e das relações de afecto que o tempo deixou para trás.
Profissionais que podem guiá-lo neste roteiro:

Filipe Rocha

Guia Turístico

Filipe Rocha

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